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A mudança do corpo e a autoestima na meia-idade

  • Foto do escritor: Fernanda Lunardi
    Fernanda Lunardi
  • 11 de ago.
  • 2 min de leitura

Mulher de meia-idade, de expressão serena e confiante, olha para o horizonte ao pôr do sol. Veste regata preta e está cercada por um fundo desfocado de natureza dourada pela luz. À esquerda, lê-se o texto “Corpo e autoestima na meia-idade".
Confiança e autenticidade para atravessar uma fase de transformações e novos significados para o corpo.

A mudança do corpo e a autoestima na meia-idade é um tema que atravessa a vida de praticamente todas as mulheres. Não se trata apenas de alterações físicas visíveis, como rugas, cabelos brancos, flacidez e variação de peso, mas de transformações profundas que tocam identidade, sexualidade e forma de estar no mundo.


A antropóloga Mirian Goldenberg, que há mais de três décadas pesquisa o envelhecimento feminino, afirma que a pressão estética no Brasil faz com que muitas mulheres se sintam “velhas” já aos 30 anos. Ou seja, antes mesmo das transformações mais intensas da meia-idade, o corpo feminino já é colocado sob vigilância. Isso alimenta um ciclo de comparação, insegurança e busca incessante por aprovação externa.


Quando chegam os 40, 50 anos, as mudanças hormonais, a menopausa e o fim do ciclo reprodutivo vêm acompanhados de uma sensação ambígua: de um lado, mais liberdade para ser quem se é; de outro, o peso cultural que ainda associa juventude a valor e atratividade. Algumas mulheres sentem que se tornaram invisíveis. Outras percebem mudanças na atenção recebida de parceiros, colegas e até de si mesmas diante do espelho.


Mas o corpo não é apenas aparência: ele é memória, história e expressão viva da alma. É nele que registramos alegrias, perdas, conquistas e processos de transformação. No meu trabalho terapêutico, vejo que as mulheres que atravessam essa fase com mais serenidade são as que aprenderam a cuidar do corpo por amor próprio, não por obrigação social. Elas entendem que a beleza mais duradoura nasce da coerência entre quem se é e como se vive.


Essa fase pode ser um convite para uma reconciliação com a própria imagem. Em vez de tentar “manter o corpo de antes”, é possível cultivar um corpo presente, forte e conectado à sua realidade de hoje. Exercícios físicos, alimentação nutritiva, sono reparador, terapias corporais e espaços de escuta sensível ajudam a criar essa relação mais amorosa consigo mesma.


Também é importante refletir sobre o que é, de fato, importante para você agora. Talvez isso signifique simplificar a rotina de beleza, adotar um estilo que reflita sua essência, ou investir em experiências que tragam vitalidade emocional.


A mudança do corpo na meia-idade não precisa significar perda de valor. Pode ser, ao contrário, o início de uma fase em que a autoestima se apoia menos no olhar alheio e mais no respeito por si mesma. É um momento de redescoberta, onde cada marca do tempo pode ser vista como um capítulo da sua própria história.


Se você sente que essa fase mexe profundamente com sua autoestima e quer um espaço seguro para se reconectar consigo mesma, saiba que é possível atravessar essa transição com mais leveza e autenticidade.


Sobre Fernanda Lunardi – CRP 06/159430

Formada pelo Mackenzie, é psicóloga e facilitadora do autoconhecimento para mulheres em transições de vida. Seu trabalho une psicologia analítica, biossíntese e acolhimento profundo para ajudar mulheres a se reconectarem com sua essência e atravessarem a meia-idade com autenticidade, corpo e alma.

 
 
 

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Fernanda Lunardi
Psicóloga - CRP 159430
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