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O portal da dor na meia-idade

  • Foto do escritor: Fernanda Lunardi
    Fernanda Lunardi
  • 2 de mai.
  • 2 min de leitura


Mulher em contemplação ao pôr do sol, representando a dor na meia-idade e o processo de reencontro com a própria essência.

Atendo muitas mulheres que chegam à meia-idade com uma sensação difícil de nomear. Por fora, parecem ter tudo: carreira construída, família, estabilidade. Mas por dentro, algo as chama. Um vazio, uma inquietação, uma exaustão que o descanso não resolve. São mulheres que cumpriram todos os papéis esperados... e, ainda assim, sentem que se perderam de si mesmas.


Esses sinais – ansiedade, depressão leve, sensação de estagnação, cansaço profundo – muitas vezes são a expressão de traumas antigos que nunca foram olhados com o cuidado necessário. Complexos que se formaram a partir de dores vividas e não integradas, e que seguem atuando, mesmo silenciosamente.


Não, isso não é um fracasso. É um convite. Um ponto de virada. É a alma pedindo passagem.


O que eu aprendi – com Jung, com a biossíntese e, principalmente, com a minha própria história – é que esse momento pode marcar o início de uma travessia profunda: o processo de individuação. Um caminho de volta para casa, de reencontro com aquilo que é essencial, verdadeiro, nosso.


Acredito que o trauma não precisa ser um rótulo, uma sentença. Ele pode ser um portal. A dor na meia-idade é um portal.


Quando acolhido com presença, corpo e escuta simbólica, ela se transforma em potência.

O corpo, que carrega a memória do que foi vivido, nos dá pistas. Ele revela onde ainda dói, onde falta ar, onde a vida está represada. E é por meio dele que podemos reabrir caminhos, regular o sistema nervoso, dar voz ao que ficou silenciado.


Na meia-idade, a vida não acaba. Ela pode, na verdade, começar de novo – com mais autenticidade, leveza e amor por si mesma.


Esse é o trabalho que me move. Esse é o lugar que eu escolhi ocupar no mundo terapêutico.


Se esse texto ressoou com você — se em algum lugar aí dentro algo se moveu, se reconheceu ou se emocionou — saiba que você não está sozinha. É possível atravessar esse momento com mais leveza, com escuta, com presença. Eu estou aqui para te acompanhar nessa travessia. Será uma alegria e uma honra caminhar ao seu lado.


Sobre Fernanda Lunardi – CRP 06/159430

Psicóloga formada pelo Mackenzie, com foco em Psicologia Analítica (Jung) e especialização em Biossíntese (psicoterapia corporal). Atende mulheres em processos de transição, com foco no resgate da essência, integração corpo-alma e escuta simbólica.

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Fernanda Lunardi
Psicóloga - CRP 159430
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